ENIGMA / Ró
A palavra perplexa - A poesia é endógena, nasce no indivíduo sem que ele peça ou queira. Surge do instante mágico da criação. O tempo é infinito. Somos apenas uma pequena fração, uma sucessão de anos, dias, horas. Somos o passado e o presente. O futuro é mistério. Dentro desta percepção lógica Roberval Paiva escreve. Conhece o processo e a arquitetura do registro singular da poética. Uma visitação ao intimismo, que se interpenetram por meio da linguagem. Um eu a revolver-se em torno de si mesmo. Um roteiro de sombras dos habitantes da solidão de impossíveis diálogos.
A tragédia cotidiana, o rumo doloroso dos dias, a exaustão da esperança. Roberval Paiva usa de sua percepção existencial para simbolicamente transmutar palavras, transformar suas ambiguidades em ideário do fantástico. A perplexidade com a deterioração do humano e suas consequências beiram o vasto e iminente abismo. Ler seus poemas é estar conectado com a estrada dolorosa da vida por onde andamos ou somos levados, onde nem sempre mora a esperança.
Um trabalho crítico, reflexivo, de pluralidade de assuntos, mas que sempre retorna ao agônico do homem. Roberval Paiva conhece o fazer poético e desloca o leitor de sua comodidade. Sua realidade textual, bem formatada, ensina que a natureza do homem vai além das escolhas. Bem mais um descaminho.
O ser humano é desnudado em fragmentos e montagens que nos levam a estranhamentos do mundo contemporâneo. Encanto e tragédia nos convidam a decifrações. O processo de criação de Roberval Paiva nasce da angústia e da intuição de uma realidade onde as flutuações do caótico se instalam.
Indizível iluminação. Rigor, inventiva e cuidadosa artesania. Ele sabe contar da vida o quase intocável, num texto pungente, épico e denso. A experiência da palavra em Roberval Paiva é um encontro com a beleza, a perplexidade, a tragédia e o paroxismo da vida.
César Romero - Primavera – 2014
A poesia é o espelho da alma, do irreal e da fantasia
Nada tão importante quanto a poesia
Para uma reflexão da realidade
De um mundo sórdido
Em que a inveja e a traição comandam o espetáculo Circense do cotidiano
Serviço:
Enigma
Ró
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-4032-7
Formato 14 x 21 cm
60 páginas
1ª edição - 2014
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