SOPHIA / André Luiz
Acredito que as mulheres conseguem entender melhor a vida do que os homens, deve ser porque são “fazedoras de vida” e através delas retornamos ao mundo.
Nasci no interior do estado de São Paulo, numa cidade chamada Itararé, e lá deixei alguns bons anos de minha vida... Casei em janeiro de 1987, com Joana Marcela, mulher bela; tivemos filhos, quatro; três meninas: Nathalia, 1987, Marcella, 1990, Gabriella, 1994, e um menino, João Paulo, 2001. Depois que casei a vida teve outra dinâmica; não estava preparado e surgiram alguns conflitos, penso que praticamente em quase todos os enlaces ocorrem fatos semelhantes, mas, no final, fomos nos adaptando e nos ajustando aos momentos.
Acredito que as mulheres conseguem entender melhor a vida do que os homens, deve ser porque são “fazedoras de vida” e através delas retornamos ao mundo. Meu pai era marceneiro e me ensinou a profissão, particularmente nunca gostei dela, mas trabalhei e não me lembro de ter sido displicente, mas tudo tem um “tempo”, e a marcenaria também teve o dela... Em 1998, entrei para a Polícia Civil e hoje (pelo menos até este momento) estou na função de escrivão; gosto de trabalhar e ouvir pessoas... mas não gosto do cargo de chefia ou de autoridade, acho “oneroso” demais, cansativo, e além disso gosto de manter minha tão exaustivamente conquistada liberdade... Em 2006, entrei na faculdade de Filosofia da São Camilo e depois passei para a Unifai. Com a “mistura” da Filosofia com a polícia acabei “afinando” meus sentidos e passei a escrever; depois achei melhor “contar histórias”, e é isto que verão neste livro: “histórias para acordar”. Histórias reflexivas cuja função é trazer a dialética. Boa leitura!
André Luiz
Dias desses um amigo meu me perguntou: Mas afinal o que você escreve? Crônicas? Contos? Filosofia? Psicologia? Sociologia? Religião? Esoterismo? Ciência? Poesia? O quê? Respondi, brincando, que é um pouco de tudo. Na verdade são crônicas, digamos, filosóficas, das mais variadas, tentando colocar um pouco de humor e sentimentos humanos da maneira como vejo, pois somos seres passionais... A ideia é escrever de forma natural, tentando excluir aquilo que não podemos comprovar, pois senão iremos para o reino das crenças e da fé... campo estéril, pois nessa seara não se consegue a dialética... é um campo sem “apoio”; basear-se única e exclusivamente na fé é muito pouco... o mundo é muito maior que isso...
Então faço críticas sociais, psicossociais, religiosas, filosóficas e tudo o mais, mas todas as crônicas tentam fazer com que o leitor faça uma reflexão persi, e não ficar abaixando a cabeça e sendo um bom ouvinte... Nosso corpo todo está em constante transformação, basta ver que não somos mais os mesmos ano após ano, muita coisa muda e muito ainda mudará... A vida é “pulso”, movimento, tudo se move e se transforma... Penso e acredito que “existe algo sob o que estamos vendo”. Existe algo sutil, dá para “sentir o cheiro...”, dá para tentar ouvir... Somos muito maiores do que parecemos... Mas estamos sob o efeito de um "encantamento”. E precisamos acordar... o sol está alto... temos pouco tempo... Está para surgir alguma coisa... De tempos em tempos vemos fragmentos de verdade sendo colocados em “conta-gotas”, mas parece que nestes tempos o processo está se acelerando... Talvez devêssemos deixar um pouco nosso cérebro e escutar mais nosso bom e velho coração...
Penso que antes de querermos “pensar em Deus”, deveríamos pensar em “nós”, elevar nosso pensamento em “Deus” e esquecer que temos inúmeros irmãos em situações absurdamente difíceis... Não é pensando subjetivamente em “Deus”, mas atuando objetivamente em “Deus” – isso sim é que é transformação... Vivemos muito o “não é problema meu...”, não concordo, acho que tudo “é problema nosso...”, são nossos pensamentos em ter coisas que levam inúmeras pessoas para as sarjetas... pois quando buscamos muitas coisas, tiramos de outras... neste mundo tudo é equilíbrio e se tem alguém comendo muito é porque tem alguém comendo pouco... Todas as crônicas deste livro são reflexivas... Só isso... convite à reflexão... mergulhe... pense...
André Luiz
Serviço:
Sophia
Crônicas Maviosas
André Luiz
Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-85-366-4091-4
Formato 14 x 21 cm
204 páginas
1ª edição - 2015
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