POESIAS DO COTIDIANO / Rahinei
Este livro de poesias é o primeiro de uma série de mais três livros que venho ao longo de trinta anos escrevendo até que senti a hora de lançá-lo ao público, que é agora. Descrevo poeticamente a nossa vida política e social no Brasil e no mundo: protestos, desigualdades, injustiça entre pobre e rico, quando todos pagam impostos. Tem poesias que mexem muito com o raciocínio do leitor. Exemplos: “Entrementes”, que fala do tempo com a sua eterna simultaneidade: o ontem se confundindo com o anteontem, o depois que é o futuro que nunca vem, etc. “A crueldade no deserto”, que fala da matança por degola pelo Estado Islâmico (terroristas). “Prazo de validade” e “Teu celular, tua vida”, que criticam a vida moderna das pessoas que vêem a telinha como o único ponto de visão em seus espaços: “Mas tu ficas aí cabisbaixo olhando para uma telinha luminosa como se estivesses vendo o futuro”. “Quadriênio da corrupção”, que relata o descaso dos políticos com a nação e o povo brasileiro: “Oportunistas! Apátridas! Infanticidas! Roubam o leite das crianças e as deixam morrer sem pediatras!”. “Os mequetrefes”: “Fico puto quando escuto políticos gordos, falastrões, discursando a nós as suas merdas! Herda a politicagem puta”. As minhas poesias têm também preocupação com o mundo: “Covardia” relata o sofrimento do povo sírio: “E o mundo? Ah, o mundo! O mundo estarrecido na sombra, tem o sol se levantando e se pondo, desabando infeliz no assombro, sobre a cidade de Alepo quase sem vidas humanas!”. E na poesia “Trágico acidente” falo da relação criminosa do homem com o carro: “Um carro sem controle emocional zoava: a princípio parecia estar alcoolizado (...) o motor e as rodas se ajuntaram num canto separando-se, finalmente, da maldade daquele perverso coração humano”.
Rahinei
O ecletismo é o invólucro de todo o meu contexto poético. Em Poesias do cotidiano, meu primeiro livro publicado, são 79 poemas feitos de versos e ideias livres que formam frases de igual liberdade para que a poesia, na longevidade dos tempos humanos, continue sendo a voz inquebrantável e mais forte ainda no sentimento dos homens. Sou firme em acreditar que as poesias deste livro trazem uma nova forma de escrever poesias brasileiras: são versos em sua maioria politicamente indisciplinados e de críticas variadas, conforme o assunto, através de uma conduta espontânea e destemida, sem a desenfreada maldade da condutopatia. Minhas poesias viajam a bordo do pensamento diletante, que é o meu motor e que me conduz livre. O ecletismo poético que me é natural é o meu maior prazer em escrever e por estar sempre sem as amarras das ideias alheias e do fator de infindáveis consumismos. Decerto que minhas poesias sempre serão passíveis de críticas. Sei que não são elas de imensuráveis grandezas, como o meu âmago desejoso de soberba quer; tampouco sofrem de insignificâncias e pequenezas. Os meus versos formam também estrofes que relatam o mundo dos homens guiadores do poder, tão poderosos, agressivos, desgovernados, sem leis, infrenes e incuráveis de si.
Rahinei
Serviço:
Poesias do Cotidiano
Poesias de Minha Época
Rahinei
Scortecci Editora
Poesias
ISBN 978-85-366- 5947-3
Formato 14 x 21 cm
96 páginas
1ª edição - 2019