HOMEM POEMA / André Bartilotti
Homem poema é um livro sobre a catarse do sentimento humano. É a humanidade que sofre e flui beleza. É a procura intensa da felicidade. Nele, a felicidade e a tristeza se coadunam, tornando-o uma obra intimista. Os eu líricos estão a procura de si mesmo, buscando sentimentos inerente ao leitor para tornar-se universal.
A felicidade é oca, diz a correnteza de todos nós. A tristeza também é, disse o poeta mostrando que a aura enigmática e luminosa do livro expressa a busca constante pelo entendimento do mundo. E como se não bastasse, o homem é poema que guarda todas suas dores e alívios.
Arte é, pois, a libertação. Em cada poema, André Bartilotti estabelece no leitor a consciência da dor ou da felicidade oriunda de sentimentos intimistas. Somos um corpo oco/ cheio que se faz e se refaz na felicidade e na tristeza. Viver em paz é saber dosar este antagonismo.
O que o autor protagoniza é a poetização das emoções através de uma linguagem simples e lança mão do elemento material que o cerca das coisas e do palpável para refletir o impalpável... a existência. Em “Fiadeira da Espera”, por exemplo, o eu lírico está claramente à espera do objeto de desejo que não chega. A constatação da ausência tardia se dá via a lua: “Quando o olho do breu brotou”.
A lua traduz a constatação do que não virá. “E ergueu-se majestosa, a vazada paisagem, de maresiareia e pedra”, os elementos da natureza (maresia, areia e pedra) exprimem a certeza da desilusão. Ao longo do livro, defrontamo-nos com este recurso observador e inquietante. A inquietação do autor é o abismo da palavra corriqueira que ganha um novo significado – metáfora. E junto a este novo significado quase sempre vem um novo sentimento de alegria ou tristeza; isto o poeta comanda. Porém, há um senso: o homem; e há uma discórdia: o poema.
O Homem Poema é a antítese da existência. Ser homem e ser poema..., ser prosa e ser poesia..., na medida certa. É como o desafio de Bruno no poema “O Dia”, que ascende quando remamos e abrimos os olhos de cada dia.
Marcelo Moacyr - é mestre em artes pela City University of New York, coreógrafo, professor e coordenador do Núcleo de Dança da Universidade Federal de Sergipe.
Nascido em 10 de novembro de 1962, filho de Humberto Bartilotti e Laura Dantas Bartilotti. André Bartilotti viveu toda sua infância e parte da sua juventude na sua cidade natal, Senhor do Bonfim – Bahia. Em 1981, mudou-se para Salvador (BA), após concluir o curso técnico em Administração de Empresa, no Colégio Isabel de Queiroz. Em 2012, graduou-se em Letras Vernáculas, pelo Centro Universitário Jorge Amado. Atualmente, é funcionário do Banco do Brasil. Em 2010, foi premiado no IX Concurso Literário Livraria Asabeça, com o poema “Móbile”, o qual faz parte de uma antologia de poemas. Seu interesse pela arte literária vem desde cedo. Sem a assiduidade de um escritor profissional, sempre escreveu poemas, porém, a partir do final dos anos 90, seus escritos ganharam uma força poética mais significativa. André, então, resolveu reunir parte deste material, em seu primeiro livro intitulado Homem Poema.
Contato com o autor:
(71) 8705-6626
(71) 9332-6825
andre.bartilotti@gmail.com
Serviço:
Homem Poema
André Bartilotti
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-3541-5
Formato 14 x 21 cm
80 páginas
1ª edição - 2014
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